sábado, 12 de dezembro de 2015

MP denuncia ex-marido e filho por sumiço de professora em Pelotas, RS


Promotor diz que há provas da perícia indicando autoria da dupla no crime.
Advogados creem que juiz não receberá denúncia por falta de elementos.


Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou o ex-marido e o filho da professora Cláudia Hartleben, de 47 anos, desaparecida há oito meses, por homicidio, ocultação de cadáver e feminicídio. A docente da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) desapareceu em abril deste ano.

 Cláudia foi vista pela última vez no dia 9 de abril. Ela lecionava biotecnologia na UFPel. No dia do desaparecimento, ela teria jantado com uma amiga e ido para casa logo após as 23h. Na casa não havia sinais de arrombamento ou marcas de sangue. Até agora, ninguém foi preso.
Professora universitária está desaparecida em Pelotas, RS (Foto: Reprodução/RBS TV)jovem pan bc
Segundo o autor da denúncia, promotor José Olavo Passos, nesta semana o filho e o ex-marido de Cláudia se recusaram a fazer o teste do polígrafo, conhecido como detector de mentiras. No entanto, ele garante que há provas da perícia que indicam a autoria do crime por parte dos denunciados. Por enquanto, não vai ser feito nenhum pedido de prisão.
"A materialidade está demonstrada no nosso entender pela ocultação de cadáver e a possibilidade de não localizar o cadáver pelo tempo que a vítima sumiu sem nem ter nenhuma característica de que fosse sumir", diz o autor da denúncia, promotor José Olavo Passos. "Já existem vários antecedentes de delitos dessa natureza, na jurisprudencia, na doutrina brasileira", acrescentou.
Os advogados do filho e do ex-marido de Claudia disserem ter se surpreendido com a informação. Ambos acreditam que o juiz não irá receber a denuncia por falta de elementos. Eles afirmaram ainda que o fato do promotor não ter pedido a prisão já esclarece a falta de indícios.
Durante as investigações, a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos de Pelotas analisou mais de 85 horas de imagens captadas por câmeras de segurança que estavam no trajeto que a professora fez até em casa, ouviu testemunhas e realizou mandados de busca e apreensão. Até mesmo um retrato falado de um possível sequestrador foi divulgado. O caso está sendo acompanhado também pelo Ministério Público. A investigação segue em segredo de justiça.

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