quinta-feira, 14 de maio de 2015

Último preso na operação Fidúcia no Ceará tem prisão revogada

Empresário terá passaporte recolhido e deve pagar fiança de R$ 20 mil.
Grupo é suspeito de fraude de pelo menos R$ 100 milhões na Caixa, diz PF.

Fidúcia (Foto: Polícia Federal/Divulgação)Operação Fidúcia apreendeu carros de luxo dos suspeitos(Foto: Polícia Federal/Divulgação)
O empresário Fernando Hélio Alves, último preso na operação Fidúcia no Ceará, teve o pedido de soltura aceito pela Justiça Federal nesta quinta-feira (14) com o cumprimento de medidas cautelares. O suspeito de envolvimento de fraude milionária na Caixa Econômica Federal terá de pagar fiança de R$ 20 mil, tem passaporte recolhido, vai utilizar tornozeleira eletrônica, não pode mudar de endereço, nem se ausentar da própria residência por mais de oito horas sem comunicar autoridades policiais.
As mesmas medidas já haviam aplicadas aos suspeitos Ricardo Alves Carneiro, Diego Pinheiro Carneiro, José Hybernon Cysne Neto e Israel Batista Ribeiro Júnior, também suspeitos de participação no crime, presos na operação Fidúcia, da Polícia Federal.
"Embora constitua instrumento mais favorável ao acusado, se comparada com a prisão provisória, não deixa de representar um constrangimento à liberdade individual", justifica Francisco Luís Rios Alves, juiz federal titular da 32ª Vara Criminal, na determinação de soltura do suspeito.
Henrique Hélio foi o último preso na operação, na semana passada, no Aeroporto Pinto Martins, quando voltava de viagem dos Estados Unidos. "Conseguimos a soltura e vamos conseguir provar a inocência do cliente. Ele provavelmente deve ser solto ainda hoje, mas ainda há muita burocracia", diz o advogado Flávio Jacinto.
Operação Fidúcia
A Polícia Federal realizou a chamada “Operação Fidúcia” para desarticular um grupo que fraudava contratos de financiamentos em agências bancárias da Caixa em 24 de abril. De acordo com o superintendente regional da Polícia Federal do Ceará, Renato Casarini Muzy, as fraudes no Estado chegam a R$ 20 milhões, podendo, ao término das investigações, alcançar mais de R$ 100 milhões. Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu carros de luxo dos suspeitos.
"As investigações iniciaram há um ano e envolve 31 pessoas até o presente momento. Lembro que esse número de pessoas envolvidas pode aumentar, já que as investigações continuam. Elas envolvem grande empresários, 'laranjas' e funcionários da Caixa Econômica", afirmou o superintendente da PF.
De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas após auditoria interna da CEF. Segundo os dados coletados, o grupo, inicialmente, criava empresas de fachada que seriam beneficiárias de empréstimos bancários. Na sequência, o grupo falsificava a documentação para viabilizar a concessão de financiamentos. Os servidores aliciados manipulavam o processo de concessão de financiamentos e empréstimos, ignorando normas básicas de segurança e não verificavam a documentação necessária para a concessão dos valores.
Conforme a PF, as medidas judiciais têm como objetivo conseguir mais indícios sobre a participação de cada um dos membros da organização criminosa, assim como rastrear e recuperar os valores desviados.
Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, por associação criminosa, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, estelionato e evasão de divisa. A operação foi batizada de Fidúcia, em referência à modalidade de financiamento utilizado pelos suspeitos, uma vez que os bens eram dados fiduciariamente em garantia aos empréstimos sequer existiam.

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